Conceitos importantes para o estudo da Pré-História:


Vamos começar o estudo da Pré-História, primeiramente, revendo o significado de alguns termos importantes para o estudo desse período.

HISTÓRIA: relato das narrativas das ações humanas. As narrativas humanas tiveram início com o aparecimento da escrita, uma vez que antes do surgimento dela o homem apenas rabiscava, desenhava, pintava, lascava, talhava ou esculpiia. A História do homem começa, então, com o surgimento da escrita.

PRÉ-HISTÓRIA: é o período que vai do aparecimento do homem até o surgimento da escrita.

Surgimento da escrita: a escrita deve ter surgido a mais ou menos a 4.000 anos antes de Cristo. É a partir daí que começa a História do Homem.

Para efeito de estudo, a Pré-História está dividida em períodos, que foram divididos de acordo com o estágio cultural do homem, ou seja, em conformidade com o pregresso e com as técnicas desenvolvidas pelo homem. A Pré-História está divida em PALEOLÍTICO e NEOLÍTICO.

Significados: PALEO (primitivo) - NEO (novo) - LITO (pedra) . O paleolítico é conhecido como o período da pedra lascada, e o neolítico como o período da pedra polida. O homem levou milhares e milhares de anos para passar da técnica da pedra lascada para a técnica da pedra polida.

PALEOLÍTICO: período da pedra primitiva (pedra lascada). Nesse período, o homem ainda não possuía inteligência para desenvolver a técnica do acabamento e do polimento da pedra para desenvolver ferramentas e armas mais sofisticadas.

sábado, 9 de outubro de 2010

Evolução e progresso das técnicas ocorridas durante o Período Paleolítico:

Reparem que as técnicas desenvolvidas pelo homem foram evoluindo em concomitância com o aumento do volume do seu crânio. O cérebro humano foi aumentando de tamanho conforme a evolução cultural do homem. O crânio do australopithecus era menor que o crânio do pithecanthropus. Australopithecus significa (macaco do sul), e pithecanthropus significa (homem-macaco).

(A) Pan troglodytes, chimpanzee, modern
(B) Australopithecus africanus, STS 5, 2.6 My
© Australopithecus africanus, STS 71, 2.5 My
(D) Homo habilis, KNM-ER 1813, 1.9 My
(E) Homo habilis, OH24, 1.8 My
(F) Homo rudolfensis, KNM-ER 1470, 1.8 My
(G) Homo erectus, Dmanisi cranium D2700, 1.75 My
(H) Homo ergaster (early H. erectus), KNM-ER 3733, 1.75 My
(I) Homo heidelbergensis, "Rhodesia man," 300,000 - 125,000 y
(J) Homo sapiens neanderthalensis, La Ferrassie 1, 70,000 y
(K) Homo sapiens neanderthalensis, La Chappelle-aux-Saints, 60,000 y
(L) Homo sapiens neanderthalensis, Le Moustier, 45,000 y
(M) Homo sapiens sapiens, Cro-Magnon I, 30,000 y
(N) Homo sapiens sapiens, modern

Reparem, que o termo pithecanthropus traz a palavra anthropos (homem), que pode ser associada a um conjunto de vestígios relacionados ao trabalho ou a uma forma de inteligência mais avançada, comparada à forma primitiva do homem.

O Australopithecus (macaco do Sul) ocupou as terras da África Oriental, e com o passar do tempo foi se deslocando para outras regiões da África. Já o pithecanthropus (homem-macaco), migrou para outras regiões mais distantes ou temperadas, como a Ásia e a Europa. Dessa forma, podemos afirmar que o australopithecus evoluiu para o pithecanthropus. Um sinal dessa evolução, são os vestígios deixados pelo pithecanthropus erectus, na ilha de Java (Homem de Java), ou ainda, os vestígios achados deixados pelo Sinanthropus pekinensis (Peking Man - Homem de Pequim).

Sinteticamente, podemos dizer que o hominídeo que migra da África para outros continentes possui o crânio maior, e um possui esqueleto mais alto e ereto. Os vestígios deixados pelo pithecanthropus é mais sofisticado que os vestígios deixados pelo australopithecus.

O homem, portanto, surgiu muito provavelmente na África (australopithecus) e migrou para outras regiões e continentes conforme foi evoluindo. As técnicas também foram progredindo, e elas foram auxiliando o homem no domínio do meio ambiente. O homem migrou com o auxílio das técnicas e com o conhecimento das mudanças climáticas e geográficas.



Os vestígios humanos são econtrados isoladamente ou em conjunto com outros materiais, de forma que possibilitem ao historiador ou arqueólogo montar um verdadeiro quebra-cabeça. Essas peças encontradas levam o pesquisador a fazer associações, e a estabelecer relações entre os vestígios e o nível cultural, social, político e religioso do homem. Os vestígios encontrados são verdadeiros quebra-cabeças.










Wikipédia / AUSTRALOPITHECUS - Os australopitecos (Australopithecus) (Latim australis "do sul", Grego pithekos "macaco") constituem um género de diversos hominídeos extintos, bastante próximos aos do género Homo e, dentre eles, o A. afarensis e o A. africanus são os mais famosos. O A. africanus, primeiro descrito por Raymond Dart, com base no "crânio Infantil de Taung", datado em 2,5 a 2,9 milhões de anos, foi considerado durante muito tempo o ancestral direto do género Homo (em especial da espécie Homo erectus).

As descobertas recentes de outros fósseis de hominídeos, mais antigos que o A. africanus e que, contudo, parecem pertencer ao género Homo, colocaram em dúvida aquela teoria: ou o género Homo se separou do Australopithecus anteriormente do que se pensava (o ancestral comum mais antigo que se conhece pode ser o A. afarensis ou outro ainda mais antigo), ou então ambos se desenvolveram independentemente a partir dum outro ancestral comum, ainda desconhecido.
Os australopitecíneos parecem ter aparecido há cerca de 3,9 milhões de anos. Os cérebros da maior parte das espécies de Australopithecus conhecidas eram sensivelmente 35 % menores que o do Homo sapiens e os próprios animais tinham pequeno tamanho, geralmente não mais de 1,2 m de altura. O nome significa “macaco austral”.

O registo fóssil parece indicar que o género Australopithecus é o ancestral comum do grupo de hominídeos distintos reconhecidos nos géneros Paranthropus e Homo. Ambos géneros eram formados por seres mais avançados no seu comportamento e hábitos que os Australopithecus, que eram praticamente tão bípedes como os chimpanzés. Contudo, apenas os representantes do género Homo viriam a desenvolver a linguagem e a aprender a controlar o fogo.

Apesar de haver diferenças de opinião a respeito das espécies aethiopicus, boisei e robustus deverem ser incluídas no género Australopithecus, o consenso actual na comunidade científica é de que eles devem ser colocados no género Paranthropus, que se pensa ter-se desenvolvido a partir do ancestral Australopithecus. Paranthropus, que é mais maciço e robusto e também morfologicamente diferente dos Australopithecus, com a sua fisiologia especializada, deve ter tido um comportamento bastante diferente do seu ancestral.

Locais onde foram descobertos fósseis de Australopithecus.A existência do Australopithecus desmente a teoria de que a inteligência humana se desenvolveu primeiro e o bipedalismo depois, uma vez estas espécies tinham um crânio não significativamente maior que o de um chimpanzé actual e, no entanto, eram definitivamente bípedes, o que sugere que foi o bipedalismo que tornou possível a inteligência humana e não o contrário.

Pensa-se ainda que a maior parte das espécies de Australopithecus não era melhor adaptada ao uso de instrumentos que os actuais símios.

Entretanto, Australopithecus garhi parece ter sido o mais avançado nesta linha, uma vez que os seus fósseis têm sido encontrados juntamente com instrumentos e restos de animais retalhados, o que sugere que esta espécie teria iniciado uma industria primitiva de fabrico de instrumentos. Isto leva muitos cientistas a supor que A. garhi é o ancestral mais próximo do género Homo. http://pt.wikipedia.org/wiki/Australopithecus

No mapa abaixo, aparecem os locais onde foram encontrados os vestígios dos australopithecus:

Descriptions en français, then in english. Emplacements – locations :

TD — Tchad – Chad
TD-1 — Bahr el Ghazal
TD-2 — Djourab
ET — Étiopie – Etiopia
ET-1 — Hadar
ET-2 — Herto
ET-3 — Omo
KE — Kenya – Kenya
KE-1 — Lake Turkana
TZ — Tanzanie – Tanzania
TZ-1 — Olduvai
TZ-2 — Laetoli
ZA — Afrique du SUd – South Africa
ZA-1 — Sterkfontein
ZA-2 — Swartkrans
ZA-3 — Kromdraai
ZA-4 — Taung

Descobertos fósseis de transição entre Lucy e o homem moderno

Estadão (08 de abril de 2010) - Cientistas da África do Sul anunciam na edição desta semana da revista Science a descoberta de dois fósseis de 2 milhões de anos, preservados em uma caverna e que parecem representar uma nova espécie de hominídeo, o Australopithecus sediba. "Acredito que este é um bom candidato para a espécie de transição entre o homem-macaco da África do Sul, o Australopithecus africanus, e o Homo habilis ou o Homo erectus", disse o líder da equipe responsável pela descoberta, Lee Berger, da Universidade de Witwatersrand, em Johanesburgo. O ser humano moderno também pertence ao gênero homo, sendo da espécie Homo sapiens. Cientistas acreditam que esse gênero evoluiu a partir os australopitecos, dos quais o fóssil mais famoso é Lucy, um exemplar da espécie Australopithecus afarensis. Alguns cientistas acreditam que o Australopithecus africanus evoluiu a partir do afarensis. A equipe de Lee sugere que o africanus, por sua vez, gerou o sediba. Além de se encaixar na árvore da família dos australopitecos, no entanto, os novos fósseis apresentam características peculiares ao gênero homo. A escolha do nome da nova espécie, "sediba", vem de uma palavra africana para "fonte". "Consideramos apropriado para uma espécie que pode ser o ponto a partir do qual surge o gênero homo", afirma Berger. Os fósseis são um jovem macho e uma fêmea adulta. A idade do jovem é estimada como correspondente à de um ser humano moderno de entre 10 e 13 anos, embora sua idade cronológica provavelmente fosse menor, de cerca de oito anos. Os cientistas acreditam que essa espécie amadurecia mais depressa que a humanidade atual. A espécie tem braços longos, como um macaco, mãos pequenas e fortes, uma pélvis muito avançada e pernas compridas, capazes de caminhar e, talvez, correr como um ser humano. "Estimamos que tivessem ambos cerca de 1,27 metro, embora a criança certamente pudesse ter crescido mais", acrescentou Berger. "O cérebro do jovem tinha de 420 a 450 centímetros cúbicos, o que é pequeno se comparado com o cérebro humano, mas a forma do cérebro parece mais avançada que a dos australopitecinos". Os esqueletos foram encontrados em meio aos esqueletos articulados de um felino com dentes-de-sabre, antílope, camundongos e coelhos. Eles estavam preservados em uma substância rígida, semelhante ao concreto, um sedimento que se formou no fundo do que parece ter sido um lago raso subterrâneo. http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,descobertos-fosseis-de-transicao-entre-lucy-e-o-homem-moderno,535555,0.htm

Australopithecus sediba:

Wikipédia - O primeiro espécime de Australopithecus sediba foi encontrado por Matthew, filho de Lee Berger, em 15 de agosto de 2008.[4] Enquanto explorava perto do local de escavação do pai na planície perto de Joanesburgo, Matthew encontrou por acaso o osso fossilizado.[4] O rapaz alertou o pai do achado e ele não acreditou no que viu: "de trás da rocha estava espetada uma mandíbula com um dente, um canino, de fora. Eu quase morri", recordou ele mais tarde.[4] O fóssil, soube-se depois, pertencia a um macho juvenil de 1,27 m, cujo crânio foi descoberto em Março de 2009 pela equipa de Berger.[4] A descoberta foi anunciada ao público em 8 de Abril de 2010. Foi também encontrada neste local arqueológico uma variedade de fósseis animais, incluindo dentes-de-sabre, mangustos e antílopes.[4] Berger e o geólogo Paul Dirks especularam que os animais podem ter caído num "armadilha" funda, de 30-46 m, talvez pelo cheiro de água.[4] Os corpos podem ter sido depois arrastados para uma poça de água rica em calcário e areia, permitindo a fossilização dos esqueletos. http://pt.wikipedia.org/wiki/Australopithecus_sediba



ASSISTA O VÍDEO ABAIXO, SOBRE O ASSUNTO PRÉ-HISTÓRIA



ARTE PRIMITIVA

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